O universo dos canabinóides é vasto, estimando-se mais de uma centena de moléculas diferentes, entre as quais o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são os mais conhecidos. O CBD, famoso pelos seus efeitos calmantes, é totalmente legal, enquanto o THC, conhecido pelos seus efeitos psicotrópicos, é ilegal na maioria dos países europeus, incluindo a França. À medida que o mercado cresce, novos canabinóides vão sendo descobertos pelo público, apresentando efeitos variados mas sempre intrigantes. Hoje estamos interessados na tetrahidrocanabivarina, mais conhecida como THCV. Surgem várias questões: O que é THCV? Quais são os seus efeitos? É possível utilizá-lo e, em caso afirmativo, para quais aplicações? Respondemos a essas perguntas agora em Lordofcbd.fr.
Tetrahidrocanabivarina: O que sabemos sobre o THCV?
O THCV é um canabinóide naturalmente presente no cânhamo (cannabis sativa).
A estrutura do THCV é bastante semelhante à do THC. Como muitos outros canabinóides, é encontrado, em forma de vestígios, na maioria das variedades de cannabis, sejam elas legais ou não. Isto não é de grande importância porque o THC-V não é uma molécula tóxica em doses baixas. No entanto, em doses mais elevadas, os seus efeitos aproximam-se dos do THC.
Nem todas as variedades de cannabis contêm a mesma quantidade de THCV. Quantidades mais elevadas de tetrahidrocanabivarina são encontradas na Cannabis Sativa, particularmente em algumas estirpes nativas de África.
Desde a existência do cultivo de cannabis (há vários milénios), os produtores sempre procuraram selecionar plantas com propriedades mais atrativas, sem sempre saber quais os canabinóides responsáveis. É o caso do THC-V, cujo conteúdo foi incentivado, mais ou menos intencionalmente, por alguns cultivadores durante a hibridização de certas estirpes.
Sem uma análise laboratorial de uma planta de canábis e dos seus efeitos, será tão simples distinguir o THC do THCV?
THCV ou THC: quais são as diferenças? A molécula do THCV é bastante próxima da do THC. A principal diferença, cientificamente falando, é que o THCV possui um propil (um grupo de três átomos de carbono) em vez de um pentil (um grupo de cinco átomos de carbono). Esta diferença, embora aparentemente pequena, resulta em variações significativas nos efeitos do canabinóide.
Em ambos os casos, doses elevadas levam à interação do canabinóide com o corpo e a efeitos psicoativos. No entanto, as semelhanças terminam aí.
Na realidade, o THC e o THCV, apesar da semelhança dos seus nomes, não são derivados da mesma molécula parental. O THC (como CBD, CBC e CBG) é derivado do ácido canabigerólico (CBGA). O THCV (e o THCVA, sua forma ácida) é derivado do ácido canabigerovárico (CBGVA).
Agora vamos passar dos detalhes técnicos um tanto abstratos para o que isso significa concretamente, ou seja, em termos de efeitos.
Quais são os efeitos do THCV? O THCV é conhecido principalmente pela sua capacidade de reduzir o apetite, o que lhe valeu o apelido de “canabinóide dietético”. Esta é uma propriedade surpreendente porque o consumo de cannabis está geralmente associado a um aumento do apetite. Esta reputação deve-se ao facto de o THC activar os receptores CB1 no nosso sistema endocanabinóide (ECS), conhecido por estimular o apetite. Por outro lado, o THCV é um antagonista dos receptores CB1, o que significa que bloqueia estes receptores e pode, portanto, contribuir para a diminuição do apetite. Esta conclusão é apoiada por vários estudos, incluindo um realizado em 2009, que sugere que o THC-V pode promover a perda de peso. No entanto, estes resultados até agora só foram obtidos em animais.
Outro estudo, realizado em 2013, sugere que o THCV pode reduzir a intolerância à glicose associada à obesidade. Os resultados deste estudo não mostram uma correlação direta entre o consumo de THCV e a redução do apetite. Pelo contrário, o gasto energético dos ratos que consumiram tetrahidrocanabivarina aumentou significativamente, melhorando ao mesmo tempo a tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina. Embora estes resultados ainda sejam preliminares, representam uma esperança real para o tratamento de pessoas com diabetes. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer antes de se chegar a conclusões definitivas sobre os seres humanos e, potencialmente, determinar uma dose útil para diabéticos.
O THCV pode causar efeitos psicotrópicos?
Sim. Em doses elevadas, o THCV pode causar efeitos psicotrópicos, semelhantes aos do THC. No entanto, estes dois canabinóides agem de forma muito diferente no corpo: o THC activa os receptores CB1 do sistema endocanabinóide, enquanto o THC-V tende a bloqueá-los. A tetrahidrocanabivarina parece, portanto, bloquear certos efeitos do THC, particularmente em termos de fala, sensação de fome e aumento da frequência cardíaca.
O THCV é legal?
Ainda não há uma resposta clara para esta pergunta. Por um lado, o THCV não é explicitamente mencionado nas leis francesas e europeias. Portanto, não é, estritamente falando, proibido. No entanto, moléculas psicoativas como o THC são consideradas narcóticos e o THCV é, sem dúvida, psicoativo (pode causar efeitos psicotrópicos). Portanto, a comercialização e o consumo de THCV na Europa encontram-se numa zona cinzenta. Enquanto esperamos para saber mais sobre este canabinóide, é importante salientar que, de acordo com a documentação científica disponível, o THC-V não parece ser acompanhado de efeitos secundários importantes.
Em resumo, a tetrahidrocanabivarina (THCV) é um canabinóide interessante que levanta muitas questões e oferece perspectivas promissoras de investigação e potencial terapêutico. No entanto, devido ao seu estatuto jurídico incerto e à necessidade de mais pesquisas, recomenda-se cautela no uso e consumo do THC-V. Não hesite em consultar os artigos e recursos disponíveis em Lordofcbd.fr para saber mais sobre os canabinóides e os seus efeitos potenciais.
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